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Viver numa família de imigrantes portugueses é colecionar histórias de separação, apoio, medo, sucesso e fracasso.
Viver numa família de imigrantes no Brasil é tudo isso ampliado. A grandiosidade do país, a imensa desigualdade social e a falta de divulgação de informações relevantes podem nos ajudar a entender a ausência de apoio efetivo, o sentimento de estar sempre inferior a alguém, motivando o medo, o fracasso.

É por isso que quando nos deparamos com iniciativas que, de facto, vão “pegar na mão” e auxiliar, logo desconfiamos e procuramos algum empecilho para avançar.

Como Professora noto a dificuldade dos meus alunos se abrirem sobre o que precisam melhorar, como buscar mais clientes, mais negócios, mais estudos. A academia se silencia sobre isso durante toda a convivência do aluno. Falta o sentimento de acolhida, pertencimento, que alguns professores procuram suprir, mas nem sempre conseguem.

É um cenário que muito nos entristece e nos motiva a “caçar” boas práticas, indivíduos abertos a estender a mão e a partilhar o conhecimento, o ombro amigo ou até mesmo uma torcida de longe, pelas redes sociais. E, nessa pesquisa, algumas iniciativas luso-brasileiras se deparam.

É a presença da AICEP, agência Quem está ao nosso lado? vinculada ao governo português na promoção de internalização de empresas para Portugal, bem como grupos de networking espalhados palas comunidades da diáspora portuguesa, onde podemos buscar a tão necessária acolhida.

Atualmente, com o avanço dos meios eletrônicos de tecnologia, esse intercâmbio fica cada vez mais global e instantâneo.
É aqui que as famílias de imigrantes vão querer morar e levar consigo todos os demais nacionais que precisam do apoio, do “caminho traçado”. Outro exemplo que está sendo construído são os grupos de pesquisa e diálogo de informação sobre o ESG no Brasil e em diversos outros países, sobretudo, em Portugal.

Nessa iniciativa global, podemos perceber avanços: dinheiro para bancos fora do circuito europeu financiarem a transição energética para a economia circular, de carbono zero. Ou então, Institutos desenvolvendo a conexão de informações entre quem as tem e quem as precisa ter, como é o caso das iniciativas luso-brasileiras do Instituto Brasileiro de ESG. Há, ainda, não menos expressiva, a instituição do Dia da Sustentabilidade em Portugal, definido a partir deste ano, em 25 de setembro.

Vamos nos aprofundar nessas inciativas, empresas, institutos, agências?

É o nosso porto seguro. É a Torre de Belém que construímos nesta década. Nesse planeta em transformação, é o cenário que precisamos pintar, espalhar e, em instantes, alguém já criará até as “souverniers” para registramos na memória e mercantilizarmos nossas dores, medos, sucessos e fracassos.

Trago notícias!

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Juliana Torres é Diretora de Operações do IBESG, Professora de Direito Ambiental,  advogada ambientalista, mediadora, Mestre em Direito Ambiental, pesquisadora.

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